As exportações brasileiras de carne bovina aumentaram 12% no acumulado do ano até agosto, para cerca de 1 milhão e 300 mil toneladas. O maior cliente do agronegócio brasileiro, a China, respondeu por mais de 60% de toda a carne exportada neste ano. Na avaliação do economista Carlo Barbieri, o país asiático tem adotado muita cautela quando o assunto é segurança alimentar. “A demanda de alimentos pelos chineses não vem para suprir uma necessidade atual e sim para criar um estoque regulador. Todo esse movimento tem relação direta com a guerra comercial imposta pelos Estados Unidos e uma possível limitação das exportações aos americanos”, pontua. Segundo Carlo Barbieri, as eleições americanas, que acontecem em novembro deste ano, podem mudar o cenário das relações comerciais a favor da China. “Donaldo Trump tem uma postura de costurar acordo mais bilaterais. Ele ainda quer equacionar a balança comercial americana com a China. Já o seu adversário, Joe Biden, tem uma relação mais amistosa com o país asiático, adotando uma postura mais liberal. Uma troca na presidência dos Estados Unidos provocaria mudança significativa no comércio entre os dois países”, afirma o economista.