O Rio Grande do Sul, desde fevereiro deste ano, quando lançou o Programa Pró-Milho RS, vem reunindo os setores produtivo e industrial, junto com a assistência técnica e instituições de pesquisa para tornar o estado autossuficiente na produção do cereal. Trazer o milho de fora do estado gera custos elevados e perda de competitividade das agroindústrias, principalmente de suínos e de aves. Nos quatro municípios de abrangência do Sindicato Rural de Santo Ângelo, 95% da área já foi semeada com o milho. Júnior Henrique Milanesi destinou 30% dos 1.000 hectares da propriedade para a cultura e se revela otimista com a safra deste ano. "Esse ano, devido à presença do La Niña, a gente vai dar uma reduzida. Já plantamos 220 hectares, reduzindo milho grão, mantendo constante milho irrigado e silagem”, disse. O plantio na propriedade começou em 21 de agosto e os preços atuais animam o produtor. “Os preços estão interessantes, tanto para soja como para milho, mas o potencial de produtividade do milho é extraordinário. O plantio do milho é sempre interessante na nossa região e ele também viabiliza a safrinha de soja, que além de remunerar bem, é um bom manejo para garantir uma possibilidade de sementes salvas pelo produtor. Estamos aumentando a irrigação, construindo mais silos e é por aí que caminha o plantio do milho", completou.