A pandemia do novo coronavírus veio para tirar da atividade muitos produtores de leite do Rio Grande do Sul que já estavam amargando prejuízos. Além da crise atual, eles já sofriam com o preço pago pelo litro do produto e com a severa estiagem que atingiu o estado, reduzindo a disponibilidade de comida para o gado. “A gente consegue fazer uma leitura de que produtores que estão abaixo dos 400 a 500 litros por dia têm uma dificuldade maior”, diz o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini. Esse não é o caso do pecuarista Ezequiel Nólio, que produz cerca de 4.000 litros por dia. Há 40 anos na atividade, ele não cogita deixá-la. “Não me vejo fora da atividade, porque não sei fazer outra coisa. Sou especialista no que faço, tenho muito conhecimento da atividade e do meu negócio”, afirma.