O governo de São Paulo aumentou as alíquotas de ICMS sobre diversos itens e insumos. De acordo com o Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a agricultura deve ser o setor mais afetado, com queda de 2,7% no valor da produção. A pecuária, por sua vez, deve ter baixa de 0,9%. A agroindústria pode recuar 0,3%, segundo a projeção. O presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), Arnaldo Bortoletto, afirma que o setor foi pego de surpresa pelos decretos do governador, já que João Doria, durante a eleição, buscou apoio no setor para se reeleger. “Agora, na primeira chance, ele vem e aumenta a alíquota de um imposto que afeta diretamente o produtor rural”, diz. “É um absurdo”, complementa. O setor tentou dialogar com o governo, mas não conseguiu reverter os aumentos. Por isso, produtores paulistas devem se reunir em várias partes do estado, na quinta-feira, 7, em manifestação. O “Tratoraço”, segundo Bortoletto, pede a revogação dos decretos. O presidente da Coplacana afirma que o aumento de ICMS vai pesar também sobre o consumidor final. “Mostraremos à população que nós produtores teremos um reflexo direto e eles, um indireto, porque os produtos vão custar mais”, diz.