Em maio, os laticínios se adequaram à realidade da pandemia e a oferta de leite no campo continuou reduzida em função da entressafra, o que levou a diminuição de estoques, conta a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) Natália Grigol. Segundo ela, foram registradas altas de 15% nas cotações do UHT e da mussarela, assim como uma valorização muito forte no spot, de cerca de 10%. Com isso, a tendência é que o preço pago ao produtor de leite em junho, referente ao que foi captado em maio, fique estável ou até suba. Já para o próximo mês, segundo a pesquisadora, vai depender principalmente das negociações na primeira quinzena de junho. Do lado da demanda, as perspectivas do Cepea ainda são negativas, segundo Natália. “Tem uma relação muito próxima com a renda da população, baixas significa menor consumo de derivados lácteos. As perspectivas são bastante ruins com a projeção de encolhimento da economia”, diz.